de Tom Hess
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A Procura de grandeza artística tem estado entre nós há milhares de anos, mesmo assim, tem-nos escapado. Parece quase impossível seguir o que dificilmente podemos definir (a grandeza artística). Não é surpreendente que, tantas pessoas, que poderão possuir todas as potencialidades que precisam, ainda, estão muito longe de atingi-la porque, não percebem que já possuem o elemento mais importante. Mas qual? É algo que pode ser mudado ou adquirido? Provavelmente, não. Mas isso não é necessariamente uma má notícia. Só precisa ser despertado e percebido.
Há muitos equívocos em torno do que é preciso para, em qualquer género artístico, alcançar a verdadeira grandeza como artista. Obviamente, existem múltiplos factores envolvidos, mas não há um elemento comum, em grande abundância, que todos os grandes artistas têm. Uma boa amiga e eu estávamos conversando sobre a sua frustração como música. Ela era uma jovem pianista muito talentosa (uma das melhores da sua cidade) e também uma guitarrista de tournées. Ela, completamente, desistiu da sua carreira musical há alguns anos atrás (antes de eu a conhecer). Eu perguntei-lhe porque desististe depois de já teres alcançado tanto. Ela disse: "Eu pensei que nunca poderia ser verdadeiramente grande, porque faltava-me alguma coisa, e eu não sei exactamente o que é, mas sei que não é algo que eu possa aprender ou adquirir. Ou tu tens esse "algo", ou não... e eu não o tenho". E eu disse-lhe: "Mas tu tens! Tu tens em massiva quantidade e qualidade! Só não sabes o que é. "
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A primeira parte é "simplesmente ter algo a dizer". Mesmo se os significados do que se quer dizer são intencionalmente ocultados, ou vagos, a força motriz subjacente a tudo que é necessário para criar grandes obras, partem daquilo que o artista quer dizer. Claro, que todos têm algo a dizer, mas algumas pessoas têm "mais" a dizer que outras. Algumas experiências na vida, pensamentos e emoções podem simplesmente ser mais vivas e intensas numas pessoas em relação a outras. Isto era certamente verdadeiro na minha amiga. Ela é uma pessoa muito profunda; resistiu e passou por coisas na sua vida que são inimagináveis para a maioria dos outros. Há uma enorme riqueza e profundidade de coisas na sua mente, a serem expressas. Ela só não tinha tocado nelas, nem sabia como adquirir habilidades criativas para expressá-las.
Asegunda parte do que é preciso para se ser um verdadeiro artista é, simplesmente, a "necessidade" de expressar-se. Em toda a arte, a satisfação dessa necessidade é muitas vezes imperfeita, porque todos os meios artísticos são imperfeitos (sem mencionar as limitações dos artista). Independentemente das imperfeições da arte, é a intensa necessidade de "experimentar" que nos move. Há pessoas (talvez a maioria) que não têm necessidade, dessa satisfação -mesmo entre muitos músicos.
Mas estas coisas não foram, ou são o seu problema. Ela tinha e tem, uma quantidade enorme de coisas para dizer e, certamente, tem uma incrível necessidade de expressá-las... para ser compreendida. No caso dela, como é o caso de tantos outros, ela nunca desenvolveu as competências criativas de que precisava para manifestar o que ela precisa dizer. Como pianista de formação clássica, todos os seus professores treinaram-na para ser uma pianista - uma que toca peças de músicas escritas por outros. Certamente, pode-se sentir, indirectamente, uma auto-expressão através da reprodução da música de outras pessoas (mais sobre isto depois), mas não é isso que ela precisava de fazer. Então, ela nunca, verdadeiramente, sentiu o poder da música no que se refere à auto-expressão e, portanto, as suas necessidades ainda não foram satisfeitas.
Como guitarrista "autodidacta" ela tinha muitas limitações "criativas" (embora ela tivesse tido algum sucesso como profissional enquanto esteve em tournée na Europa). Sendo autodidacta, tudo resumia-se atentativas e erros e, embora ela tenha atingido um nível respeitável, ela não se sentia, "artística" ou "óptima".
Como resultado de tudo isso ela começou a acreditar naquilo que tantos outros acreditam; que, simplesmente, não tinha nascido com o talento necessário para ser uma grande música (ou mesmo artística). Decepcionada e desiludida ela desistiu (como tantos outros).
Se ela tivesse sabido a verdade, e que o verdadeiro ponto de partida de um grande artista é ter algo para dizer e uma intensa necessidade de dizê-lo, todas as outras coisas que ela precisava poderiam ter sido aprendidas e desenvolvidas.
Um pontoadicional (que eu pessoalmente não concordo, mas é relevante para algumas pessoas) é que a expressão não precisa ser "original". A nossa humanidade comum, torna possível que uses as expressões artísticas de outros, e descubras que elas também podem expressar o que sentes e pensas, e podes utilizá-las como tuas. Eu não estou falando de roubar as ideias dos outros, chamando-as tuas, estou falando de tocá-las/ executá-las de forma profundamente pessoal.
Um outro amigomeu descreveu isto desta forma: "A expressão pode ser não original, se as emoções expressas porum compositor são suficientes para alguém, as emoções expressas por Beethoven podem ser algo com que te possas relacionar, e tu, podes nunca sentir a necessidade de criar algo próprio para, originalmente, te expressares pelas tuas próprias palavras,ou música, (talvez sejacomo os cartões pré-impressos que as pessoas compram e oferecem aos outros, elas apenas assinam o seu nome na parte inferior).” Pessoalmente, eu gosto de escrever e receber mensagens originais e escritas manualmente, mesmo que as palavras nem sempre sejam tão eloquentemente escritas como as de um cartão da Hallmark.
Não importa onde estás agora ou onde queres estar, se tens algo a dizer e um forte desejo de dizê-lo, estás em boa companhia - entre os maiores artistas da história. Cada um deles "começou" no lugar em que estás (com algo a dizer e uma necessidade de dizê-lo). Sem isso, hoje, não saberíamos quem foram pessoas como Beethoven, ou Chopin. A boa notícia é que todas as outras coisas - incluindo a criatividade, PODEM ser aprendidas, e porque podem ser aprendidas (e são), podem ser ensinadas. Adquirir e desenvolver as habilidades que precisas é na realidade a parte mais fácil. Qualquer bom professor pode ajudar-te com isso. Mas ninguém, além de ti, pode dar-te "aquela coisa". Para isso, podes precisar de cavar fundo; nas tuas memórias de vida, nas dores, amores, medos, momentos de triunfo pessoal, etc. Foca-te nisso primeiro. Depois estarás pronto para aprender, estudar e aperfeiçoar o resto das habilidades e conhecimentos de que precisas. Para isso, eu recomendo encontrares um grande professor.